Investir é para todos! Mas existem dois requisitos básicos

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Quando se fala em investir, quais imagens vêm à sua mente? Um sujeito na frente de telas cheias de números e gráficos? Homens gritando ao telefone? Gordon Gekko (do filme Wall Street – Poder e Cobiça) dizendo que a ganância é algo bom? Engravatados da Faria Lima cobrando resultados de outros engravatados?

Esses estereótipos trazem ideias equivocadas sobre os investimentos e o mercado financeiro, que acabam afastando as pessoas da realização dos seus sonhos.

Investir não se resume a começar um negócio próprio, comprar um imóvel para alugar ou aplicar na bolsa. Investir, na realidade, é aplicar o dinheiro que você guardou – seja qual for a quantia! – em algo que possa lhe trazer retorno financeiro direto ou indireto.

Em outras palavras, até aquela graninha que você tem na velha caderneta de poupança é um investimento. Está surpreso? Pois saiba que se você tem dinheiro na poupança você já é, de certa forma, um investidor.

Além da poupança, o mercado financeiro oferece um mundo de possibilidades. Inclusive, há diversas alternativas de baixíssimo risco que rendem mais do que a caderneta, mesmo para quem não tem altas somas para investir.

Hoje, há aplicações financeiras que aceitam investimentos de 30, 50, 100 reais por mês. Alternativas não faltam!

Então qualquer um pode ser um investidor?

Sim, todos nós podemos ser investidor, porém existem alguns requisitos.

Primeiro, para ser um investidor, você precisa ser um POUPADOR e não um devedor. Se seu saldo bancário é positivo, então sim, você pode ser um investidor.

Essa ressalva é necessária por causa de um erro muito comum: contrair dívidas – e por elas pagar juros e taxas – mesmo tendo reservas financeiras que poderiam ser resgatadas com facilidade.

Isso não é um problema se o potencial de ganho da aplicação financeira for maior que o custo da dívida, isto é, se os juros que você vai receber forem maiores que os juros que você paga.

Mas esse dificilmente é o caso na vida das pessoas físicas. Então, saiba que não faz muito sentido ter dinheiro na poupança, que paga pouco mais de 0,5% ao mês, e ao mesmo tempo pagar um parcelamento com juros de 3% ao mês.

Isso acaba ocorrendo até com o financiamento imobiliário, que normalmente tem juros mais baixos que outras linhas de crédito.

Embora não seja uma má ideia ter uma reserva para despesas eventuais enquanto se paga o financiamento da casa, é vantajoso usar uma parte substancial da poupança para adiantar o pagamento da dívida sempre que possível.

A segunda coisa que um investidor deve ter é um OBJETIVO que o motive. Não se preocupe, não precisa ser um motivo super bem definido. Ter uma reserva para dias difíceis ou para uma aposentadoria mais confortável já são objetivos mais do que nobres.

Investir para quê? Por qual o motivo?

Investir faz bem. Você se torna mais disciplinado, mais educado financeiramente, atinge seus objetivos mais rapidamente e paga menos por eles. Fora a tranquilidade que a conta bancária no azul traz.

A rentabilidade dos investimentos é uma mãozinha que ajuda você a alcançar a quantia desejada sem que você tenha de poupá-la integralmente. Além disso, ela protege o seu dinheiro da desvalorização causada pela inflação.

Compras à vista costumam ter descontos, e mesmo que o financiamento seja uma boa pedida, gordas entradas fazem com que você não perca tanto dinheiro pagando juros.

Por outro lado, quem sempre precisa se endividar para alcançar seus propósitos pagará muito mais por tudo, terá um esforço financeiro maior, além daquele medinho de sofrer um revés e acabar sem ter como pagar as parcelas.

Pense bem e reflita todo o seu comportamento e educação financeira, quem sabe já não é hora de você investir mais adequadamente aquela quantia parada na poupança ou então começar um processo de mudança financeira na sua vida?

Será que já não chegou a sua vez de investir e garatir a tranquilidade sua e de sua família?

Pedro H. Ferroni.

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